A Espera Da Amada

 

Quando te avistei pela primeira vez

Numa dessas noites frias de inverno

Cravou em mim um fogo eterno

Que nada poderia apagar.

 

Desde então, carrego o teu cheiro

Como pele enxertada no meu corpo

Assim como navio e porto

Preciso de ti para ancorar.

 

Nas frias e nostálgicas madrugadas

Busco em cada canto, o teu olhar

No recomeço do ponto de partida

Meus olhos passam as noites a te buscar.

 

Cada vulto que na sombra passeia

Sigo os passos incertos na areia

Como um náufrago em busca de um lugar.

 

Assim vivo passando noites adentro

Como um ébrio ou cão sardento

A espera da amada que jamais voltará.

 

 

Nilson Natal

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