Amores, Saudades, Paixões

 

Amores, ah amores!

Quantos por mim passaram?

Às vezes despercebidos…

Muitos de mim zombaram

Mas, por mim concebidos […]

 

Deixastes em mim, marcas profundas

Deixastes talvez, sem maldade.

Como uma tatuagem cravada no peito

Com dizeres: saudades…

 

Saudades, ah saudades!

Porque insiste em me acompanhar?

Já não bastam os amores que não vivi?

Lacunas deixastes na minh’alma

Penetrando nas frestas, como flechas em mim.

 

Saudades, ah saudades!

Dos amores que foram perdidos

E de todos os que tornaram canções

Das loucas obsessões dos não correspondidos

Saudades eternas das minhas paixões.

 

Paixões, ah paixões!

Devo a ti, toda a minha vida

Contigo sou constante erupção

Magma, lavas incandescentes de um vulcão.

É o que sou, é o que sinto…

E quando escondes de mim

Torno-me cicatrizes de um já extinto.

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